“Estamos a implementar um projeto que consiste numa base de dados interativa. Uma plataforma que faz a gestão de todo o processo clínico do doente, desde o diagnóstico ao tratamento”. Palavras de Paulo Cortes sobre o Projeto BreastSPS, que está neste momento em fase de implementação em 20 hospitais no país. Em entrevista, o oncologista explica de que necessidade surge esta iniciativa, assim como o seu impacto na abordagem ao cancro da mama. Assista ao depoimento.
Neste momento, “já temos oito hospitais e vão juntar-se mais dois até ao final do ano”, partilha o especialista. O objetivo estabelecido para o próximo ano é inserir a plataforma em mais hospitais, conseguir uma recolha de dados ainda mais credíveis e elaborar trabalhos multicêntricos, afirma. A intenção “é recolher dados epidemiológicos anuais e uma avaliação de como é que estamos em termos de tratamento e diagnóstico”, esclarece Paulo Cortes.
Em 2025, vão ser abertas candidaturas para mais cinco centros e, até 2027, contarão com dez. “A sociedade tem parceria com um consórcio que envolve três companhias farmacêuticas e, com isto, estamos a conseguir oferecer as licenças e a instalação do software nos hospitais”. O oncologista reforça que é “um projeto que tem só vantagens”.
Desenvolvido sob a égide da SPS, o projeto BreastSPS faz um registo clínico do cancro da mama, tendo sindo criado pela identificação da necessidade de ter dados credíveis para aferir o melhor tratamento à patologia. A iniciativa foi apresentada na 12.ª edição do Congresso Nacional de Senologia, que aconteceu no Hotel Cascais Miragem, em Cascais, entre os dias 6 e 8 de novembro.