Analisar as guidelines à luz da prática clínica. Foi com este mote que se realizou, nesta manhã, a sessão intitulada “Guidelines: dogmas ou linhas de orientação?”, que contou com a partilha de casos clínicos de cancro da mama precoce e avançado. João Vargas Moniz foi um dos moderadores desta sessão, que integrou o programa científico do XII Congresso Nacional de Senologia. Em vídeo, o especialista afirma que estes debates demonstram o esforço da comunidade científica em procurar as melhores soluções para os doentes.
Para o especialista, “é muito importante integrar as guidelines com aspetos práticos da vida real”, garantindo um debate e análise sobre “situações que muitas vezes fogem do padrão e que levam os especialistas a fazer um esforço na adaptação àquilo que é o conhecimento que está estabelecido para procurar as melhores soluções para os doentes”.
A evidência científica, segundo João Vargas Moniz, é a base para a abordagem, nos seus mais variados eixos. No entanto, tem de ficar garantido que não pode ser um método universalizado e restritivo. “Quando nós generalizamos para grandes populações, às vezes, perdemos os aspetos importantes do doente no seu individual”, aponta, explicando a importância das consultas de grupo multidisciplinar que se baseiam na evidência que está a ser publicada e adaptar às características específicas do doente.