Em entrevista no XII Congresso Nacional de Senologia, Ellie Rassy, especialista do Líbano, propôs uma nova abordagem na nomeação dos diferentes tipos de cancro como forma de acelerar o acesso a tratamentos inovadores, destacando o impacto dos atrasos na aprovação de terapias para doentes oncológicos.
Ellie Rassy argumentou que a categorização dos cancros baseada apenas no órgão de origem limita a disponibilidade de terapias promissoras para os doentes. “Se os fármacos fossem desenvolvidos independentemente do órgão afetado, os doentes teriam acesso a tratamentos mais cedo”, afirmou, citando a evolução da imunoterapia, que, mesmo após a sua aprovação inicial, levou oito anos a chegar aos doentes com cancro da mama. Essa demora resultou numa perda significativa de oportunidades de tratamento para milhares de doentes.
Além disso, Ellie Rassy defende que as novas diretrizes internacionais, como as recentemente publicadas para os anticorpos conjugados a medicamentos, deveriam guiar a investigação e o desenvolvimento de medicamentos com base em características moleculares comuns a vários tipos de cancro. O objetivo, explica, é tornar os ensaios clínicos mais complexos, mas com a vantagem de expandir o acesso a terapias inovadoras e salvar mais vidas.